“E de repente a música de vocês começa a tocar.
Todas aquelas lembranças voltam e é como se aquela ferida se abrisse
novamente. Um dia, o que você lutou tanto para esquecer volta… Através
de fotos, uma música que vocês julgavam ser a de vocês, uma frase dita
na televisão que você já ouvira da pessoa que amava, algum lugar onde
uma lembrança muito forte prevalecia… Mas não tenha medo, é apenas seu
passado. Porém mais doloroso. A saudade bate, o coração dói. Você aspira
as lembranças, que são como uma droga para você agora. Afinal, foram
tantas coisas não é? Tantas boas… É claro que as ruins também
prevalecem, e como prevalecem. São as lembranças ruins que nos fazem
sofrer, mas as boas também, pois nos deixam com saudade, pois talvez
nunca iremos sentir o que sentimos ali novamente. Eram os momentos mais
perfeitos para serem guardados… E estavam. Muito bem guardados. E hoje,
você sabe que uma parte de você se foi, mas permanece viva dentro
daquele alguém. E uma parte da pessoa amada vive dentro de ti, e sempre
viverá. É impossível querer apagar da memória algo tão intenso. Você
pode apenas camuflá-lo, mas um dia tudo vira à tona novamente. Talvez
não com tanta intensidade e nem com tanta dor. Talvez, da próxima vez
que tudo voltar, você tenha aceitado, que passou. Que dói, mas passou. E
que foi bom -aliás, que foi perfeito - enquanto durou. Perfeito porque
houve amor. Perfeito porque houve sentimento. Perfeito porque um
completava o outro. Perfeito pois eram vocês e mais nada.”
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